1.6 Eugenia
Em 16 de maio de 1883 Sir Francis Galton cunhou o termo eugenia, posteriormente descrevendo-o como “o estudo das agências sob controle social que podem melhorar ou reparar as qualidades raciais das gerações futuras, seja fisicamente ou mentalmente”.
Galton detalha o conceito em seu livro Inquiries into Human Faculty and its Development, e recomenda que indivíduos de famílias altamente classificadas em seu sistema de mérito sejam encorajados a se casar cedo e receber incentivos para ter filhos. Ele também condenou os casamentos tardios dentro desse mesmo grupo como “disgênicos” ou desvantajosos para a espécie humana.
A palavra eugenia foi extraída da palavra grega eu, que significa bem, e genos, que significa prole. Juntos, significaria bem-nascido.
Este livro caiu em domínio público e pode ser lido na íntegra online. A caracterização original de eugenia de Galton pode ser encontrada na página 17 desta edição de domínio público (Parte 1 do pdf):
“uma breve palavra para expressar a ciência de melhorar o rebanho, que não está de modo algum confinado a questões de acasalamento criterioso, mas que, especialmente no caso do homem, toma conhecimento de todas as influências que tendem, mesmo que em grau remoto, a dar ao raças ou linhagens de sangue mais adequadas uma melhor chance de prevalecer rapidamente sobre os menos adequados do que teriam de outra forma […]”(Galton, 1883, p.17)
Mais recentemente, alguns grupos sociais viram no trabalho e opiniões de Fisher endossos ao colonialismo, à supremacia branca e à eugenia (como hoje interpretada).
Outros grupos, todavia, afirmam que Fisher não era racista nem eugenista, embora ele achasse que havia diferenças comportamentais e de inteligência entre os grupos humanos.